Parceria resulta na transmissão de programas que desencorajam práticas nocivas contra as raparigas

Uma parceria foi firmada para a criação de conteúdos que desencorajam a práctica do fenómeno de uniões prematuras na província de Nampula.

A Rede HOPEM e a Rádio Comunitária de Monapo firmaram uma parceria para a criação de conteúdos que desencorajam a práctica do fenómeno de uniões prematuras na província de Nampula, a serem transmitidos nos programas infanto-juvenis da rádio.

As uniões prematuras acontecem com uma maior incidência na província de Nampula, sendo que, raparigas são forçadas a entrar nesse tipo de uniões, o que constitui uma violação dos seus direitos humanos e da lei moçambicana.

Fruto da parceria, três raparigas integrantes do projecto “Toda a Rapariga é Capaz” participaram no programa “Hora da Juventude” da rádio comunitária para reflectir em torno das Uniões Prematuras a nível do distrito, incidindo sobre papel dos jovens e adolescentes no combate e prevenção desta práctica nociva aos adolescentes e mulheres jovens.

Patrícia Rafael, beneficiaria das sessões de mentoria nos espaços seguros do projecto “Toda a Rapariga é Capaz”, financiado pelo governo do Canada e implementado pela Rede HOPEM, participou no programa “Hora da Juventude”, no dia 24 de Fevereiro, tendo exortado todas as raparigas e rapazes residentes em Monapo a denunciar este crime público em vários sectores que zelam pelos direitos humanos das raparigas e mulheres jovens. “Eu tenho falado para as minhas amigas denunciarem as uniões prematuras a nível da comunidade,” disse.

Por seu turno, Carla Ussumane, outra rapariga participante do programa, falou sobre os efeitos nefastos das Uniões Prematuras na vida das raparigas e mulheres, acrescentando que elas devem ser denunciadas um por todas as vias possíveis.

“Uma rapariga envolvida em união prematura não desenvolve os seus estudos; ela corre ao risco de ter uma gravidez indesejada. Para acabarmos com este mal, eu tenho falado para todas as minhas amigas, incluindo outras pessoas da comunidade sobre a necessidade de difundir mensagens de desencorajamento, sobretudo a denuncia junto da polícia, lideranças locais comunitárias, incluindo o nosso chefe de quarteirão”, disse.

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